Design, saúde e tecnologia

Para esta etapa, procurei exemplificar o tema de saúde e tecnologia, citando exemplos assim como datas e processos de desenvolvimento ao longo dos anos.

Ao decorrer do texto, é possível observar uma correlação entre telemedicina e realidade virtual, campos que atuam lado a lado e com indagações semelhantes sobre como o design é intercambiável.

A telemedicina, embora tenha ganhado maior notoriedade no último ano, modificou a forma de diagnósticos, pesquisas e cirurgias. Não há necessidade em todos os momentos de um profissional estar presente. A realidade virtual, por sua vez, ampliou a forma de como a telemedicina pode ser comportar utilizando métodos mais sofisticados, como óculos 3D e/ou aparelhos sensoriais, que diminuem a incidência de mortes e melhora nos quadros de pessoas enfermas.

A questão a ser abordada é: É possível que o design possa imergir cada vez mais nas áreas da saúde? Como esses projetos impactam na vida das pessoas? Pra responder estas perguntas, analisaremos alguns casos

Peles Sintéticas


Descrição

Engenharia dos tecidos, termo utilizado para definir o estudo ampliado sobre engenharias de materiais e ciências biomédicas, surgiu no ano de 1987. O objetivo desta tecnologia é construir ou restaurar órgãos e tecidos de seres humanos e animais a partir de células tronco, possibilitando sua regeneração e transformação.


Exemplo

No ano de 2011, químicos desenvolveram a partir de nanofibras poliméricas, algo semelhante a pele humana, preparada para auxiliar vítimas de queimaduras. O objetivo da pele sintética é auxiliar na cicatrização em cirurgias. A pele artificial utiliza um material biocompatível, e sua cor pode ser alternada de acordo com a pele natural do paciente.


Em 2017, uma pesquisadora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, desenvolveu através de amostras celulares extraídas de peles de cirurgias plásticas, uma pele humana sintética, desenvolvida pela remoção de prepúcio. A execução deste projeto leva em conta a extração de prepúcio de recém-nascidos, por conta de um “melhor potencial de expansão e diferenciação se comparado com células isoladas de pele de adultos”.


Link do projeto

Link do vídeo



Robotização


Descrição

No ano de 1985, iniciou-se a primeira cirurgia robótica de cunho científico mundial. Através de um robô, o médico responsável pela cirurgia o manipulou para realizar incisões e ressecções no corpo de um ser humano, utilizando um joystick. Estes robôs representam um grande auxílio para a execução de cirurgias, seja de forma física ou remota.


Além de fornecerem maior precisão, reduzem o tamanho das incisões e o índice de tremores, têm maior controle na perda de sangue, possibilitam giros de 360o e contribuem para a diminuição do tempo de cura e cicatrização do paciente. No futuro, poderão realizar as operações autônomas, por meio da inteligência artificial e imensos bancos de dados com vídeos e informações sobre inúmeros procedimentos.


Exemplos

1 - Em 1985, o robô PUMA 560 foi utilizado, pela primeira vez, durante a realização de uma biópsia no cérebro para guiar a agulha. A partir de então, outros começaram a ser desenvolvidos.


2 - Em 1988, o PROBOT, foi desenvolvido, no Colégio Imperial de Londres, e usado para realizar uma operação de próstata. Em 1992, o ROBODOC, da empresa “Sistemas Cirúrgicos Integrados”, esculpiu, com precisão, encaixes em um fêmur para a instalação de uma prótese de quadril.


3 - Em 2017, o robô STAR (Smart Tissue Autonomous Robot) foi projetado para analisar as circunstâncias de determinada cirurgia e escolher, utilizando seu banco de dados, a técnica mais adequada para aquele momento.


Antes de iniciar qualquer procedimento, a máquina segue um “ritual” com três elementos que os médicos seguem em toda cirurgia: a visão para verificação do estado atual do tecido, a mente como fonte de conhecimento para tomada de decisões e técnicas manuais de cirurgia para que, finalmente, o procedimento seja realizado.


Pode-se dizer que o STAR consiste em um robô industrial equipado com vários componentes personalizados. Os pesquisadores desenvolveram um dispositivo sensível à força para suturar e, mais importante, uma câmera infravermelha capaz de captar detalhes de tecidos moles em detalhes quando injetores de marcadores fluorescentes.


Como funciona este projeto? Por englobar uma tecnologia mais antiga, a evolução das cirurgias robóticas tem um grande propósito no quesito médico. Cirurgias delicadas e com alta taxa de complexidade exigem um maior controle de ações humanas, como execução de cortes e análises visuais. O ser humano, embora tenha evoluído e estudado novas formas e técnicas médicas, não garantem uma taxa de sucesso tão grande sem que haja intervenção das máquinas. Logo, as cirurgias robótica, sob controle de profissionais capacitados garantem uma maior eficiência em cirurgias mais arriscadas.


Link da matéria - 1

Link da matéria - 2

Link do vídeo 



Realidade virtual


Descrição

Realidade virtual é uma tecnologia que usa uma interface avançada de interação usuário e um sistema operacional para reproduzir sensações aos usuários. O termo “realidade virtual” foi originada por uma empresa chamada VPL Research em 1985, além disso ela lançou alguns periféricos ligados à área, como por exemplo a luva Data GLove, que foi usada como base pela Nintendo. Contudo, antes da criação desse termo outros pesquisadores já haviam inventado produtos que seguiam a mesma linha de raciocínio, tendo como exemplo os óculos estereoscópicos inventado por Charles Wheatstone em 1838.


Exemplo

Em 2016, Justin Barad, médico ortopedista e desenvolvedor de software, criou a plataforma de treinamento médico Osso VR com o objetivo de tornar o treinamento cirúrgico mais acessível para estudantes de medicina, residentes e todos os profissionais que compõem uma equipe médica. Com o Osso VR, os usuários são capazes de experimentar diferentes procedimentos cirúrgicos possíveis para solucionar um determinado tipo de enfermidade, sem pôr em risco a vida de um paciente real. Além de proporcionar uma experiência de estudo em um ambiente virtual de treinamento imersivo, a plataforma pode ser utilizada em qualquer ambiente, sendo assim mais barata do que o custo de um estudo prático convencional que implica em um centro cirúrgico, anestesia, medicamentos, materiais hospitalares e etc. Fatores que a tornam uma tecnologia mais democrática, acessível e que garante um método de aprendizado seguro para pacientes e médicos.


Como funciona este projeto? A partir de um software criado pela empresa, é possível simular uma cirurgia, armazenar dados e promover aprendizado para os futuros cirurgiões, além de oferecer suporte a uma vasta biblioteca com inúmeros treinamentos, promovendo, é claro, o bem estar do paciente. O Osso VR é um projeto destinado às empresas de dispositivos médicos, ou seja, é voltado exclusivamente para profissionais da saúde.


Link do projeto

Vídeo do projeto



Conclui-se que design comporta um todo, ou seja, por meio de suas formulações e práticas, alcançamos além do que é entendido como arte. Mediante as passagens apresentadas em todo um cenário social, estamos predispostos a novas interações, permitindo um processo de saber e interpretações que nos coloque frente aos desafios da problemática atual. Portanto, é a alavanca para o sucesso e realização.


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